Na terça-feira (09/05/2023), a Gerente do NEABI/UFR, Profa. Priscila Scudder, o Prof. Adriano Boro Makuda (Autoridade Indígena Bóe Bororo, Prof. Depto. de História/UFR, membro do NEABI/UFR), a estudante Catiana da Silva Menezes (Etnia Tucano/ Curso de Psicologia), participaram de matéria da TV Centro América sobre a importância das cotas raciais como instrumento de viabilização da presença de professores e estudantes indígenas nas universidades. Para o grupo a questão da representatividade é fundamental, pois permite a convivência com as diferenças e o aprendizado sobre o direito de bem-viver de todos as pessoas e de todos os seres; a compreensão de que é necessário estabelecer um diálogo de saberes que quebre o etnocentrismo, a colonialidade do saber, do poder e do ser e que questione a prática racista do epistemicídio de saberes produzidos por povos em diferentes partes do mundo. A presença de estudantes e professores indígenas nas universidades ensina sobre as formas de existir, de pensar o mundo, sobre a cultura, as tecnologias, a espiritualidade dos povos originários. A Gerente do NEABI destacou a urgência de atendimento da pauta dos movimentos sociais negros e indígenas (apoiada pelo NEABI desde a sua criação), qual seja, a criação de uma Pró-Reitoria de Ações Afirmativas, e mais recentemente de criação da Casa do Estudante Indígena, afim de viabilizar a matrícula de estudantes indígenas da aldeia Tadarimana na UFR. No momento, a UFR não conta sequer com uma matrícula de estudantes da Tadarimana, pois segundo o Prof. Marcelo Coguiepa, os jovens Bóe tem preferido se deslocar de Rondonópolis para o Mato Grosso do Sul, para a UFGD e a UFG, entre outras coisas, por ausência de uma estrutura que permita o exercício da mística própria de sua cultura.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *